DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL – Parte 6

PETRÓPOLIS, A CIDADE IMPERIAL

Petrópolis é uma belíssima e acolhedora cidade localizada na região metropolitana do rio de Janeiro.

Com um clima muito agradável, atrai turistas o ano inteiro e é conhecida como Cidade Imperial porque era lá que o imperador D. Pedro II passava os quentes verões cariocas chegando a ficar até cinco meses de forma ininterrupta.

O imperador amava aquela cidade!

Foi durante uma viagem para Minas Gerais que seu pai, o imperador D. Pedro I, hospedou-se em uma fazenda local pertencente ao padre Correa, se encantou com o clima e a vegetação do lugar e decidiu, então, comprar uma fazenda vizinha denominada Fazenda Córrego Seco e foi aí que tudo começou. Era o ano de 1822, há exatos duzentos anos.

Pedro I decidiu que construiria ali um palácio de verão, mas foi somente em 1843 que seu filho, o imperador Dom Pedro II assentou a pedra fundamental para a construção do almejado palácio.

E como ficou bonito!

Inacreditavelmente lindo!

Alguns dizem que era pequeno para os padrões imperiais, mas Pedro II era também um homem simples e, apaixonado pela cidade e seu clima, viveu ali, segundo dizem, os melhores momentos de sua vida.

Não lhe tiro a razão porque a cidade é, sim, um pedacinho do paraíso no estado do Rio de Janeiro.

Então, se é tão bonita assim, o que temos lá?

Vamos começar, logicamente, pelo palácio imperial.

Ali viveu a família imperial. Em uma visitação você poderá ver os aposentos do imperador e da imperatriz, os salões de música, de estar, de jantar e, o ponto máximo da visitação, as joias da coroa, e também, a própria coroa.

Simplesmente espetacular!

É a história do Brasil viva, você vai se sentir um personagem dentro dela.

À noite, costumam projetar sobre as paredes externas do palácio, eventos encenados por atores, como se fosse um teatro ou um filme ao ar livre. Além disso, não se assuste se você se deparar com uma figura histórica vestida a caráter como viviam os funcionários do palácio naquele tempo.

É um luxo e muito charmoso!

Vale lembrar que, em frente ao majestoso palácio imperial está uma imponente estátua do imperador Dom Pedro II, justamente nos jardins que ele tanto amava.

Vamos passar, agora, à Catedral de Petrópolis.

É lá que estão os restos mortais da família imperial, o imperador Dom Pedro II, a Imperatriz Dª. Teresa Cristina, a Princesa Isabel e seu marido o Conde D’eu seu primogênito D. Pedro de Alcântara e sua esposa Dª. Elisabeth.

A catedral foi construída segundo um estilo neogótico francês e há até quem diga que a face do imperador serviu de inspiração para o projeto arquitetônico da fachada.

A verdade é que, se você olhar de uma certa distância para a catedral vai visualizar as feições de um homem, destacando-se a face, olhos, boca e os ombros.

Eu experimentei e vi dessa forma. Experimente também!

O Palácio de Cristal, outra obra magnífica e imperdível da mimosa Petrópolis, não pode deixar de ser visitado.

Ele foi um presente do Conde D’eu à Princesa Isabel.

Sua estrutura foi pré-montada na cidade de Arras, na França e levada para Petrópolis onde a Princesa Isabel deveria cultivar as suas hortaliças. É lindo e extremamente elegante.

E você acredita que ele esteve a ponto de ser demolido em 1960 para construir em seu lugar um complexo esportivo?

Não vou citar aqui o nome de quem quis demolir esse pedaço da nossa história porque não vale a pena, mas, graças a Deus, ele ainda está lá.

Museu Casa de Santos Dumont, A Encantada, é a casa onde morou o nosso pai da aviação. Sim, ele mesmo, que também era apaixonado por Petrópolis.

Não sei exatamente porque ela é chamada de A Encantada, mas a rua onde está localizada se chama Rua do Encanto, mas ela, por si só, é um encanto de beleza. Fica localizada em uma posição extremamente íngreme e, se você for lá – e deve ir – preste atenção aos degraus. Não vou dizer a razão, é uma surpresa. Muito interessante, mas ele mostra a genialidade do nosso pai da aviação.

Ao sul de Petrópolis fica o Hotel Palácio Quitandinha.

O prédio foi construído em 1941 para ser o maior cassino da América Latina mas, em função de alterações ocorridas nas leis brasileiras, jamais chegou a funcionar como tal.

É uma bela construção que está aberta a visitação das até as 17,00 h. Vale a pena dar uma conferida.

Além de tudo isso e muito mais (sim, tem muito mais porque Petrópolis é um paraíso, como já disse acima), você ainda pode dar um passeio de charrete pela cidade e – conselho – faça perguntas ao condutor porque ele sabe tudo. É um verdadeiro guia turístico.

À noite, há diversos barzinhos abertos e você poderá curtir o friozinho (se for nos meses de junho e julho é bastante frio) e ficar imaginando como era a vida ali há duzentos anos. Já pensou sobre isso?

Há, também, alguns ótimos restaurantes pela cidade e reserve um tempo, um bom tempo, pra você simplesmente andar pela cidade, à toa mesmo, sem destino.

Faça perguntas que o povo é bastante solícito e você verá que, muito mais do que estou relatando aqui, você vai descobrir por si mesmo.

Ah! Tem mais uma coisa interessante.

Em Petrópolis existe uma residência oficial da Presidência da República e que foi bastante usada, principalmente por Getúlio Vargas, mas, muitos presidentes fizeram uso dela.

Ultimamente, não me consta que algum presidente a tenha visitado, o que é uma pena porque seria mais uma atração turística para a bela e encantadora Petrópolis.

Eu recomendo que você fique em Petrópolis, se for a turismo, é claro, pelo menos uns cinco dias, mas, se ficar mais não vai se arrepender.

Se você for desses que gostam de história do Brasil como eu, leia alguma coisa antes sobre os nossos imperadores – eu sou apaixonado por Dom Pedro II – e você vai curtir mais ainda esse passeio fantástico.

De resto, desejo-lhe que curta bastante a nossa querida Petrópolis, a cidade imperial.

Da próxima vez falaremos sobre Brasília, a capital da República.

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