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DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL – Parte 5

OURO PRETO : PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE

Se você quiser uma aula de história do Brasil ao vivo, vá a Ouro Preto.

Além de ser uma bela e acolhedora cidade, tem um clima temperado maravilhoso, uma comida excelente (a comida mineira é uma das melhores do Brasil), casarões antigos, prédios magníficos e história, muita história pra ser ver. Sim, pra se ver mesmo.

Originalmente a cidade foi denominada Vila Rica e, segundo a Wikepedia, chegou a ser o município mais populoso da América Latina com cerca de quarenta mil habitantes em 1730, época em que São Paulo tinha apenas oito mil.

Foi lá que aconteceu a famosa Inconfidência Mineira, movimento revolucionário que culminou com a morte e esquartejamento de Tiradentes e a deportação de todos os seus companheiros.

A praça principal de Ouro Preto tem uma belíssima estátua do inconfidente Tiradentes e, ironicamente, fica de frente para o prédio onde, um dia, foi a cadeia da cidade, onde ele e seus companheiros estiveram presos antes de serem deportados.

Agora, veja só o cúmulo da ironia.

Há alguns anos o Brasil mandou repatriar os restos mortais dos inconfidentes e os trouxe de volta para o país, direto para Ouro Preto.

Sabem onde eles estão sepultados?

No prédio onde um dia estiveram presos, a antiga cadeia da cidade e que hoje é um museu.

Desculpem, mas achei de um mau gosto extremo essa decisão. Quero dizer que eles saíram da cadeia para o exílio e voltaram do exílio para a cadeia!

Não gostei, mas é assim que as coisas estão.

Mas falemos do que é belo em Ouro Preto.

Lá você poderá encontrar inúmeras obras do Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa) que, por sinal, está sepultado na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Vale muito a pena visitar esta e todas as igrejas de Ouro Preto.

Além disso, há também a Casa dos Contos, lugar onde você poderá ver como eram as senzalas daquela época.

Ouro Preto, no entanto, não são apenas histórias tristes.

O comércio é pujante e lá você poderá comprar belíssimos artesanatos em pedras semipreciosas e artesanatos esplêndidos em pedra-sabão.

Além disso, como eu disse, a comida é farta e deliciosa e, à noite, vários bares com música ao vivo animam as horas noturnas da cidade.

Nem é preciso lembrar que Minas Gerais e, Ouro Preto não é exceção, tem a melhor cachaça do Brasil.

Aproveite, tome um golinho (puro ou sob a forma de uma deliciosa caipirinha) e se deleite com as ruas, praças e monumentos de Ouro Preto.

Eita! Quase me esqueço de uma coisa importante: vá com sapatos confortáveis porque você vai subir e descer ladeira que é uma maravilha, mas eu lhe garanto, vai valer a pena e muito.

Na próxima vez falaremos de Petrópolis/RJ.

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SALADA DO AUTOR Nº 2

  1. Um pote de palmito cortado em cubos;
  2. Um pode de polpa de pequi cortada em pedaços de mais ou menos 2 cm;
  3. Um pacote pequeno de milho em conserva;
  4. Uma lata pequena de grão de bico pré-cozido;
  5. Ameixas naturais cortadas em pedaços;
  6. Gomos de tangerina cortados ao meio;
  7. Tomate cereja a gosto.

 

Misture tudo, tempere com um pouco de sal e azeite de oliva.

Sirva gelada.

BOM APETITE.

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SALADA DO AUTOR Nº 1

1 – Corte o conteúdo de um pote de polpa de pequi em pedaços de 2 cm mais ou menos;

2 – Corte o conteúdo de um pote de palmito em rodelas;

3 – Use um pacote de milho em conserva;

4 – Corte ao meio os gomos de duas tangerinas médias;

5 – Descasque e corte em pedaços uma manga (ao seu gosto) que ainda não esteja totalmente madura (no nordeste dizemos que a manga está “de vez”)

6 –  Use o conteúdo de um pote pequeno de tomate seco;

7 – Corte em pedaços pequenos dois tomates médios;

8 –  Misture tudo e só tempere na hora de servir.

BOM APETITE!

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DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL – Parte 4

OLINDA: A CIDADE DO FREVO

Olinda, fundada em 1535, é a mais antiga cidade brasileira declarada, pela UNESCO, como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

Fica bem pertinho de Recife, a apenas seis quilômetros de distância e a vista que se tem de lá é simplesmente espetacular.

Dizem que o nome da cidade deve-se ao espanto de Duarte Coelho, que foi o primeiro donatário da capitania de Pernambuco que, ao contemplar a vista que se tem da cidade, teria exclamado: “Oh, linda situação para se construir uma vila!”.

Bem, se isso é verdade ou não, não há provas, o fato é que, tudo que se vê em Olinda e de Olinda, é muito lindo!

É claro que você pode e deve ir a Olinda em qualquer época do ano porque a cidade é maravilhosa, mas, se prepare para subir e descer ladeira (assim como Ouro Preto/MG) mas se você gostar de folia e de carnaval, e muito importante – estiver com um ótimo preparo físico – caia no frevo e no maracatu.

Eita dança espetacular! Ninguém fica parado.

Agora se você não está em tão boa forma assim, basta apreciar. Vale a pena!

Conheça os casarões da cidade e se perca pelas vielas e ladeiras da belíssima Olinda.

Bem, uma das coisas mais importantes de Olinda é a culinária. Peixadas deliciosas você vai encontrar com muita facilidade em diversos restaurantes da cidade e a belíssima paisagem que vai se descortinar à sua frente é grátis.

Vá a Olinda, curta a cidade, sua história, suas ladeiras (haja fôlego) dance o frevo e o maracatu e se delicie com uma maravilhosa pescada e com uma caipirinha, que ninguém é de ferro.

Na próxima, falaremos de Ouro Preto.

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DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL- Parte3

BELÉM DO PARÁ: A CIDADE DAS MANGUEIRAS

É muita mangueira.

Na Praça da República, no centro da cidade, é famoso um túnel sob o qual as pessoas passam andando um pouco mais rápido, no tempo da fruta, para evitar que uma delas lhes caia na cabeça.

Belém do Pará é uma cidade linda e antiga. Foi fundada em 12 de janeiro de 1616 pelos portugueses como Feliz Lusitânia, de frente para a Baía de Guajará no rio Guamá.

Você deve ir a Belém em qualquer época do ano, mas há um período muito especial que compreende o segundo domingo de outubro: é o Círio de Nazaré.

Uma festa religiosa, mas que também tem a sua apreciadíssima tradição gastronômica: o pato.

O paraense é louco por pato e a forma mais tradicional de servi-lo é “ao tucupi”.

É inacreditavelmente saboroso! Você tem que experimentar!

Na verdade, a gastronomia paraense, notadamente na capital, Belém, é uma das mais variadas e apreciadas do Brasil. Além do já falado pato no tucupi, tem também a “maniçoba” que é um prato que eu vou resumir como sendo uma feijoada sem feijão. Substitui-se o feijão pela folha da maniva (mandioca) É preciso deixar cozinhar por pelo menos cinco dias a fim de que as toxicinas sejam liberadas.

Quem vê pela primeira vez, não se apaixona pela aparência do prato, mas o cheiro e o sabor são inesquecíveis. Imperdível.

Não é só isso.

Tem o inigualável “Tacacá” que é um prato servido muito quente com folhas de jambu, camarão e goma. Você não vai encontrar nada com o sabor parecido e, o mais charmoso é que ele é servido em cuias e você toma nas calçadas das ruas. Experimente e depois me conte.

Não posso esquecer de citar o açaí. Aí você fala: ora, açaí se encontra em qualquer lugar.

Sim. É verdade, mas não o açaí feito em Belém, é diferente e você pode escolher “do grosso”, “do médio” e “do fino”.

Em frente à baía do Guajará alguns galpões do antigo porto da cidade foram transformados em um centro gastronômico onde você vai encontrar tudo isso e muito mais, porque ali também tem um chopp artesanal, maravilhoso, que ninguém é de ferro.

Não deixe de conhecer o Teatro da Paz, um dos mais ricos do país. Fica na Praça da República que, por si só, é uma maravilha arquitetônica e, por falar em praça, vá também na praça Batista Campos, lindíssima, e é onde muita gente aproveita para fazer caminhadas.

Vá conhecer o mangal das garças, a residência do governador (na verdade, é onde os governadores moravam há algum tempo), mercado de São Braz, o mercado do Ver-o-peso e o Ver-o-rio.

Voltando ao Círio de Nazaré (ver mais detalhes sobre a festa no livro do autor “O LIMPADOR DE QUINTAIS” à venda na Livraria da Travessa ou no site ) são, na verdade várias festas onde o ponto culminante é a procissão que acontece no segundo domingo de outubro pela manhã.

É um mar de gente. Falam que chega a ter dois milhões de pessoas (e a maior parte dessa gente vai comer pato, rsrsrsrsr).

Mas aqui vai uma dica importante: se você for para a festa do Círio reserve o seu hotel com meses de antecedência porque fica tudo lotado.

A cidade de Belém do Pará é uma das joias mais preciosas do Brasil.

Vale a pena conhecer.

Nosso próximo destino é: OLINDA/PE.

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DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL- Parte2

SALVADOR: A CIDADE DO AXÉ

Quando se chega a Salvador, tudo é diferente!

Pode ser de carro ou de avião, não interessa. O astral muda repentinamente.

As pessoas são alegres e receptivas naturalmente. Não se trata daquele sorriso cordial de recepcionar turistas. As pessoas são assim.

Bem, não sei se os índios tupinambás receberam Cabral em 22 de abril de 1500 dessa forma, mas hoje é assim, sou testemunha ocular.

Dizem que o Brasil nasceu na Bahia e foi mesmo porque foi em Porto Seguro que os portugueses desembarcaram.

Desse ter sido muito legal chegar assim, numa terra estranha onde todo mundo andava pelado. Eu, hein!

Hoje ninguém anda mais pelado em Salvador, pelo menos, não nas ruas, mas pra todo lado que você olhar, em qualquer época do ano (não é só no carnaval) tem alguém sorrindo, uma festinha rolando, uma música tocando ou uma simpática baiana te oferecendo um acarajé.

Experimente que é bom mas peça frio porque se você pedir quente o bicho é tão apimentado que só eles, os baianos, aguentam.

Dê umas voltinhas pela cidade. Tenha tempo, sem pressa.

Vá ao pelourinho e curta o colorido das casas e o traçado enigmático das vielas.

É verdade que lá você não vai encontrar pelourinho nenhum, mas já existiu ali e o povo da boa terra gosta e sabe curtir as tradições do lugar.

Desça (ou suba) pelo elevador Lacerda e veja a diferença entre a cidade alta e a baixa, vá ao mercado Modelo (tem vários iguais a ele na cidade, mas esse é especial) e não deixe de comprar alguma bugiganga, sim, daquelas que você sabe que nunca vai usar, mas não resiste. Rsrsrsrs

Que tal um berimbau?

O vendedor vai tocar pra você e convencê-lo de que é fácil, mas não interessa.

Se você for durante o carnaval, então, meu rei, se prepare porque a festa não tem fim.

Ninguém sabe direito o dia que começa ou quando termina o que se sabe é que uma festa de alegria e de muita pegação.

Ninguém é de ninguém (brincadeirinha, hehe).

Não deixe de curtir as praias e, principalmente, degustar a maravilhosa culinária local.

A esta altura você deve estar se perguntando: não vai falar da história do lugar?

Tá bom. Aqui vão algumas curiosidades.

A cidade de Salvador foi fundada por Tomé de Sousa em 1549 quando foi implantado, pelo Império Português, o Governo-Geral do Brasil e quem nasce na cidade tem o gentílico de soteropolitano.

O nome da cidade é em homenagem a Nosso Senhor Jesus Cristo, O Salvador (muito legal isso) e a baía que está em frente à cidade tem o nome de Baía de Todos os Santos porque em 1503 Américo Vespúcio chegou lá no dia de todos os santos.

Salvador, hoje, é um dos principais destinos turísticos do Brasil e isso é muito justo pelo encantamento que o lugar e as pessoas que lá vivem.

Não deixe de ir.

Na próxima semana falaremos de Belém do Pará, outra cidade maravilhosa e encantadora.

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DESTINOS HISTÓRICOS NO BRASIL – Parte 1

SÃO LUIS: A ATENAS BRASILEIRA.

A vida moderna é uma maravilha, ninguém duvida disso. Internet, celulares, laptops, meios de transporte rápidos e eficientes, assistência médica, conforto de bons hotéis, comida saudável e muitas outras comodidades que nos deixam tranquilos e em paz e que, indubitavelmente, prolongam a nossa vida.

Agora, me responda a esta simples pergunta: e quando nada disso existia, como era a vida? Que tipo de conforto tínhamos? Era bom viver naquela época?

Não existe uma única resposta para essas perguntas.

Pode-se dizer que sim porque a vida era muito mais tranquila e passava muito mais devagar.

Pode-se dizer que não porque as pessoas morriam mais cedo vítimas de doenças que hoje são curadas com remédios tão simples que, em alguns casos, nem precisamos de receita médica para comprá-los na farmácia da esquina.

Uma coisa é certa, no entanto. Todos nós temos curiosidades para saber como as pessoas viviam há 200, 300 ou mais anos.

Pensando em questões como estas, relacionei alguns dos destinos históricos do Brasil que, não tenha dúvida, valem a pena conhecer.

Conhecer não apenas as suas casas, ruas, igrejas, etc. Conhecer também a sua história e saber como as pessoas viviam naqueles ambientes e resolviam situações simples nos dias de hoje, mas que eram grandes dores de cabeça antigamente.

O primeiro deles é:

SÃO LUIS – MA.

Era setembro de 1612.

Uma esquadra comandada por Daniel de La Touche, chamado Senhor de La Ravardière, trouxe 500 homens vindos de algumas cidades da França, cujo rei, na época era Luis XIII.

Foi celebrada uma missa por padres capuchinhos e, na ilha de Upaon Açu, onde viviam algumas centenas de índios tupinambás, no dia 08 daquele mês foi fundada a cidade que hoje chamamos São Luís do Maranhão.

Isso foi apenas o começo porque, logo depois, vieram os holandeses e finalmente os portugueses que, definitivamente, até a independência do Brasil, é claro, tomaram para si a cidade e nela deixaram lindas construções que até hoje nos encantam.

Mas o que eles deixaram, afinal?

1 – Casarões azulejados maravilhosos no centro da cidade que, com seus belíssimos telhados coloridos, enfeitam a belíssima São Luís e nos transmite um ar de magia e encanto quando os temos em uma vista aérea;

2 – Ruas calçadas com paralelepípedos, estreitas e sinuosas que nos levam pela história fazendo-nos reviver os momentos da vida daquela gente que nos precedeu há quatro séculos;

3 – Projeto Reviver – Já que falamos em reviver, é indispensável uma visita ao projeto Reviver que reúne algumas ruas e casarões reformados tais como eram na época de suas construções e, ali, você poderá comprar toda sorte de bugigangas, úteis ou não, mas que representarão um pedacinho dessa terra tão linda;

4 – Praça Gonçalves Dias (a mais linda de todas), Praça Benedito Leite, Praça João Lisboa, Praça do Panteon e, mais recentemente, a Praça dos Poetas, sim, dos poetas, porque, dizem, “em São Luís, em cada esquina se encontra um poeta”

5 –Praias – Bem, já que você está em São Luís do Maranhão, então, relaxe (que ninguém é de ferro) e vá curtir as praias da Ponta D’Areia, Marcela, Calhau, Olho D’Água e Araçagy.

Ah! Quase me esqueci! (Desculpe!)

Não deixe de comer um peixe pedra com arroz de cuxá e, se você quiser, tome uma caipirinha antes porque, repito, ninguém é de ferro.

Na próxima semana falaremos sobre Salvador – BA.